quinta-feira, 28 de maio de 2015

FILME: VAMOS AO SHOW DAS KAMEN RIDER GIRLS? O ÚLTIMO DIA DOS HIBO RIDERS!

VAMOS AO SHOW DAS KAMEN RIDER GIRLS?
O ÚLTIMO DIA DOS HIBO RIDERS!

Chamada no Skype. 
Natan, Jardel, Eternal e Petherson. Natan imitava o Psyduck. Jardel apenas ouvia e ria, Petherson só digitava, pois estava com problemas no microfone. Eternal era o único que se manifestava.
- Pessoal, eu tô realmente preocupado. Viu que criaram um grupo no face chamado de Ex-U-Riders? Parece que só tem gente que tomou ban do Bruce no U-Rider. É um pessoal que quer vingança.
- Vingança? – Natan perguntou – Mas eles vão se vingar como? Hackeando o U-Rider?
- Parece que ontem o Bruce tentou banir uma menina com o Ban Hammer, mas não conseguiu, e teve que usar o Ban Homer. E a menina contra-atacou com o Ban Rímel, uma maquiagem tão feia que a foto de perfil dela quase cegou o Bruce.
- Só eu acho que o Bruce está descontrolado? – Jardel perguntou.
- Se isso aqui fosse uma história de ficção, acho que isso seria um indicativo de que o Bruce está prestes a se tornar um vilão – Petherson digitou – Mas como isso aqui é a vida real...
- A vida imita o facebook – Natan disse – Quem sabe o que pode acontecer?
- Vocês viram no site oficial das Kamen Rider GIRLS que elas vão fazer o Live Rocks & Kicks 4, e vão gravar um DVD deste show? – Jardel questionou.
- Cara, pra ir a este show eu seria capaz até vender a alma, vender o corpo – Eternal disse – Venderia minhas ostentações, venderia até...
- Nossas pedras mágicas? – Petherson sugeriu – É a única coisa de valor que temos que poderia nos render dinheiro suficiente.
- Mas vocês conhecem alguém que queira comprar essas pedras? – Eternal perguntou.
- Olha a frase solta... – Natan alertou.
- Pedras mágicas, é claro.

***

- Um anúncio na internet seria uma boa, talvez? – Fernando Nunes comentou.
- Se levar em conta que já estamos conversando pela internet, estranho não termos feito isso ainda – era Victor Gabriel. 
Era um chat coletivo no facebook. Bruce tinha ficado empolgado com a ideia de irem ao Japão, mas estava ocupado demais com problemas do grupo.  
- O Ban Hammer, o golpe final!
No chat, discussões acaloradas. 
- Muito legal todo mundo se manifestando com boas ideias – era Sava-kun – Seria uma pena se... eu tivesse que lembrá-los que a maioria de vocês não tem pedras mágicas para vender e não poderão ir.
- Vamos pôr um anúncio no Mercado Livre – Sniper sugeriu – Vendemos pedras mágicas. Aceitamos passagens para Tóquio ou nuvens voadoras como parte do negócio.
- Nuvem voadora? Voadora? Voador? Jacaré voador? É isso! – Petherson teve a ideia derradeira.
- Só existe UM jacaré voador, e nem temos certeza se aceitaria levar quase vinte pessoas em cima dele – Jardel disse.
- O que um Kamen Rider de verdade faria? – Victor Gabriel perguntou – O Wizard provavelmente diria “Teleport, please!”.
- Difícil, acho que o Ozu... Bem, o Ozu tentaria... – Eternal não conseguiu completar a frase.
- Ozu tentaria...? – Petherson matou a charada – Ostentaria! É isso, precisamos achar um ostentador. 
E então, eles incluíram no chat um dos grandes ostentadores. 
Vinícius Iggy.

***

Eternal e Vinícius estavam frente à frente. Um dos mais poderosos Hibo Riders e um dos maiores ostentadores. Amigos de longa data, tendo a conversa definitiva, decidindo detalhes cruciais.

Vinícius era um ostentador que dizia ter uma “action figure” (se é que podia ser chamada assim) do Den-Liner. O mais impressionante era que a Bandai tinha desenvolvido aquele trem de brinquedo com vários quilômetros de comprimento e com a capacidade de realmente viajar. As ostentações estavam cada vez mais realistas. Mais cedo ou mais tarde, teríamos réplicas dos mechas com cinquenta metros de altura. 
- Com o Den Liner DX Deluxe, vocês provavelmente conseguirão viajar até o Japão.
- Vamos precisar de um condutor, não vamos? – Eternal perguntou.
- Isso não tem nessa versão. Mas tem uma moça bonita servindo café, e um proprietário que tenta comer todo o arroz do prato sem derrubar uma bandeirinha que está em cima da comida.
- Em troca, você vai precisar de nossas pedras mágicas?
- Nunca saiu uma linha de action figures de vocês, Hibo Riders. Por isso, vou ter que me contentar com as pedras reais.
- Não adiantaria nada termos poderes, salvarmos o mundo, e não podermos ver um show das Kamen Rider GIRLS.
- Hahaha! Você tem razão.
- Muito obrigado, Vinícius.
- Deneb! Quero dizer, de nada!
Os heróis fanboys tinham um trem gigantesco que não sabiam conduzir. Mas não tinham mais seus poderes. 
Mas a empolgação de Eternal era tão grande, que ele não percebeu que havia algo errado...

***

Charles, Jardel, Sava-kun, Sniper, Andressa, May, Bruce, Petherson, Eternal, Gervasio, Pedro Paulo, Ian, Fernando Nunes, Natan, Allan, Diego e Otavio. Todos indo ao show das Kamen Rider GIRLS dentro de um trem estranho. Também estava lá Victor Gabriel, que nem era fã delas, mas quis ir junto em nome da zoeira. Trilhos surgiram sem motivo, uma espécie de brinde que vinha junto com o Den Liner DX Deluxe. A viagem prometia ser longa, então haveria muita loucura e conversas estranhas.
Muito estranhas. 
- Sabe, cara... – Charles dizia – Sempre que vocês falam nessa porra de “Nego do Borel” eu entendo “Nego do Bordel”. Só aqui entre nós... você é uma puta?
- Será que no Japão tem cambistas? – Sniper perguntou, completamente bêbado – Porque eu sei que ninguém aqui se lembrou de comprar os ingressos.
- De acordo com meu livro de química, o trem deveria ser dirigido pelo cobre, porque o cobre é um bom condutor – Sava-kun fez a melhor zueira que pôde, mas ninguém riu.
- Hoje o Kintaros deveria estar aqui – Petherson disse – Pois hoje é “kinta”-feira.
- O “climax” é como um dono de confeitaria: pode não ser muito conhecido, mas proporciona alegria às pessoas – era o Jardel.
- O “climax” é como um carrinho de mão cheio de tijolos: não é fácil levá-lo de um lugar a outro, mas quase sempre é necessário – disse Ian.
- O “climax” é como um agricultor que alimenta sua família apenas na base da polenta: muito às vezes ele é julgado, mas não dá pra negar que ele contribui para um mundo melhor – disse Diego.
- O “climax” é como o “não-climax”, só que ao contrário – disse Bruce.
E as frases daqueles amigos cada vez tinham menos coerência.

***

De repente, o trem parou. 
- O que houve? – May perguntou.
Todos foram até a janela ver. O trem parou porque os trilhos tinham acabado. Estavam na praia, e não havia trilhos que os levassem pelo oceano. 
- Que tipo de trem é esse que não é capaz de andar pelo mar? – era Charles, por algum motivo, com uma cueca na cabeça. 
Todos saíram, em busca de alguma solução. Então ouviram uma voz conhecida. Bem conhecida. 
- A vovó costumava dizer que ir ao Japão de trem exige “Imaginaaaaaaaaation”! 
Tejada, o advogado do grupo, vinha em um trem colorido que transitava por algo que ele chamava de “Rainbow Line”. Também desceu e foi conversar com seus amigos zueiros.
- Também está indo ver as Kamen Rider GIRLS, Tejada-san? – Sava-kun perguntou, sua voz cheia de um amor que não podia ser disfarçado.
- Nem! Sempre choro com “Saite”, mas nada além disso. Tô indo lá pra mandar pra Toei uma proposta de roteiro para um novo filme do Kabuto.
- Pois é – Bruce disse – Nós aqui estamos tendo problemas com o Den Liner DX Deluxe que compramos do Vinícius Iggy. O que acha que podemos fazer, Tejada,-san, já que você é advogado?
- Façam uma reclamação no PROCON!
- No Procon? – Allan perguntou.
- Sim, PROCON. Página de Reclamação de Ostentadores que Compraram Ostentações Norueguesas. Não viram as letras que dizem “Made in Noruega” do lado do trem?
- Então... – Eternal gaguejou, frustrado – Esta ostentação não é da Bandai?
- Não – Tejada suspirou – Bem, eu até daria uma carona para vocês, mas também não vou conseguir ir pro Japão. Meu trem também é norueguês.
- Vinícius ficou com nossas pedras mágicas, nos deu em troca um item defeituoso e agora deve estar rindo da nossa cara – Jardel disse – Bem, o pior é que eu também estou com vontade de rir. 
E todos riram da forma idiota com que foram enganados.

***

Tiveram dificuldades na volta. Todas as ruas de São Paulo tinham placas de “Proibido estacionar actions figures de trens gigantes”. Quando conseguiram, os ex-Hibo Riders tiveram que se reunir para tomar uma decisão importante que definiria todo o seu futuro.
- Fazemos ou não um novo U-Karaokê? – Bruce perguntou.
- Não devíamos tirar satisfação com o Vinícius Iggy primeiro? – Fernando perguntou.
- Sim, não podemos IGGYnorar o que ele nos fez – Pedro Paulo respondeu.
- Tem muita gente esperando meu ban – Bruce disse – Não é como se uma vingança contra o Vinícius fosse nos fazer ver o show DELAS.
- Não somos mais Hibo Riders – Charles disse – Vou ter que tirar do meu facebook a profissão “herói japonês”.
- Pelo menos, podemos vender o Den Liner DX Deluxe pra algum ferro-velho – May tentou consolar seus amigos.
- Na verdade, não – foi a resposta de Jardel – O DETRAN acabou de guinchar o Den Liner. 
Eles tinham perdido o show das Kamen Rider GIRLS. Perdido suas pedras mágicas. Perdido seu trem gigante. Aquele tinha sido o último dia dos Hibo Riders.

Enquanto isso, um poderoso ostentador ria nas sombras.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

FILME - HIBO TAISEN: A BATALHA PELA RESSURREIÇÃO

HIBO TAISEN – A BATALHA PELA RESSURREIÇÃO

ひぼ大戦 - 復活のため戦い

Havia tanta escuridão, que quando a luz invadiu o ambiente após um longo tempo, o desconforto foi generalizado. Todos partilhavam de um mal-estar súbito, como se tivessem passado por uma viagem turbulenta.
- Mateus Paiva. Lucas Tejada. Clayton Biscalchini. Vinícius Gabino. Luã Heâncio. Vocês são os primeiros cinco escolhidos. Ouçam com atenção minha proposta.
- Antes de te ouvir, só uma coisa – Luã disse – Quando eu morri, estava nos braços da Kaori. Quando eu ressuscito, estou do lado do Tejada. Pobre é uma desgraça mesmo.
- Quando eu morri, estava em uma dimensão desconhecida e sombria – Clayton disse – Agora que eu ressuscito, estou em uma espécie de... sei lá... dimensão desconhecida e sombria. A criatividade do destino não cansa de me surpreender.
- A vovó costumava dizer que é sempre melhor ouvir propostas de seres sobrenaturais desconhecidos do que escutar reclamações de colegas malucos – era Tejada.
- Sou aquele que controla a vida e a morte. Meu imenso poder lhes deu uma vida temporária de doze horas. Ofereço a vocês, se me obedecerem, uma nova vida. Vou, literalmente, ressuscitá-los. Quero apenas uma coisa em troca...
- Se for dinheiro, eu não tenho – Vinícius se antecipou.
- Vocês devem matar os Hibo Riders que ainda estão os vivos – o ser sobrenatural disse, a voz cada vez mais soturna – Acham que podem fazer isso?
- O que não podemos é matar os que já estão mortos – Luã disse – Matar os vivos é aceitável.
- Tem toda aquela coisa de que matar é errado e tal... – Vinicius coçou o queixo, como se pensasse se devia ou não aceitar a proposta – Mas se não fizermos isso, nós continuaremos mortos. E isso também seria errado.
- Na pior das hipóteses, podemos não conseguir e morrer de novo – Tejada disse – E como o mesmo golpe não funciona duas vezes contra um mesmo Hibo Rider...
- Só ficaríamos mortos uma vez... – Luã complementou.
- Eu tenho o poder para ressuscitá-los quantas vezes forem necessárias – o ser estranho disse – A questão é se vocês serão leais a mim.
- Bem, eu não sou Kuririn pra ficar morrendo toda hora – Luã opinou – Mas não creio ter muita escolha.
- Vamos fazer o seguinte – Tejada propôs – Assinaremos um contrato que formalize nosso acordo. Algo de acordo com leis em vigência, e respeitando as mais recentes atualizações do Código Civil. Ser sobrenatural desconhecido, sabe se existe alguma Vara Cível por aqui para que possamos escolher como foro?
- Gosta de Kabuto... Já está perguntando por vara... Faz sentido – Luã disse.
- Que comecem os trabalhos! – Tejada bradou, feliz por poder exercer sua profissão mesmo depois de morto.
Cláusula nº 1 – O presente contrato é firmado em caráter de irretratabilidade e irrevogabilidade.
E o acordo foi firmado.

***

- Vamos realmente cumprir o contrato? – Clayton perguntou aos demais, após terem recebido uma vida temporária de doze horas – Digo, você é advogado, Tejada. Depois poderá questionar o contrato. Temos realmente que matar nossos amigos?
- A vovó costumava dizer que a amizade é como o socialismo: na teoria é tudo muito bonito, mas na prática não funciona.
- Queria ter conhecido sua avó... – Luã disse – Aposto que quando ela vê o que você se tornou ela pergunta Onde foi que eu errei?
- Como vamos achar os Hibo Riders? – Vinícius perguntou.
- Parece que estarão todos reunidos em um evento sobre cultura japonesa, animes e tokusatsus... – Mateus respondeu, tentando lembrar o nome do evento – Acho que se chama Anime alguma coisa...
- Anime Friends? – era Tejada.
- Anime Enemies! Animes Enemies! Agora lembrei – Clayton disse – É um evento criado para que os fãs que sempre se xingam na internet poderem se xingar pessoalmente. Vai ter convidados que ninguém gosta trazidos apenas para serem vaiados, e muitas outras coisas. Como é mesmo o nome do grupo organizador?
- Yamato? – Vinicius perguntou.
- YaGrama? YaCapim? – era Luã.
- YaCapim! – Tejada respondeu – Eles são famosos por trazerem atrações malucas, tipo Hibo Riders, por exemplo.
- Então, Charles, Bruce, Eternal e os outros estarão neste evento como convidados? – Mateus não acreditava – Eles são a atração principal do evento?
- Junto com o The Kira Justice! – Clayton sorriu – É ou não é um evento sensacional?

***

Algum tempo já tinha se passado após a batalha dos Hibo Riders contra o terrível HATER. As vidas tinham seguido cada uma a seu modo, cada amigo de seu jeito.
Charles tinha ganhado o prêmio de escritor do ano com a fanfiction: “Zuadores: a era de U-tron”, e viajava o país dando autógrafos.
Jardel tinha virado empresário vendendo camisetas personalizadas com estampas ligadas a tokusatsus. No momento, ele viajava pelo Brasil divulgando seu mais bem-sucedido lançamento: uma camiseta com os dizeres “Keep calm, we have a Kouta” e a imagem do personagem de Kamen Rider Gaim embaixo.
Sava-kun tinha sido beijado no rosto por Chisato, e após nunca mais ter lavado o rosto (mesmo após ter caído na lama em um dia de chuva), foi diagnosticado com infecção e viajava o Brasil em busca de um hospital que tivesse vagas para tentar curá-lo.
Petherson tinha virado vendedor de suspiros e viajava pelo Brasil distribuindo seus produtos a jovens que gostassem de levar tal guloseima a eventos de animes.
Bruce ministrava palestras sobre o desafio de ser líder de um grupo sobre tokusatsu no facebook, e por isso viajava o Brasil inteiro.
André era da região leste de Curitiba, e para não ter problemas com as autoridades locais, viajava pelo país inteiro.
Natan tinha resolvido gastar seu dinheiro com viagens, mas como não tinha dinheiro para ir para outros países, viajava o Brasil inteiro.
- Somos todos viajantes – eles diziam uns aos outros nas redes sociais.
Os Hibo Riders mais proeminentes estavam sempre viajando. Em um belo fim de semana, foram convidados a comparecer a um evento memorável. O Anime Enemies um local cheio de haterismo, ódio gratuito, argumentações toscas e adolescentes que só eram valentões na internet.
Tinha tudo para ser incrível.
Mas o destino fazia questão de que aparecesse uma ameaça sobrenatural sempre que os amigos do U-Rider se reuniam.  

***

Charles, Jardel, Bruce, Sava-kun, Petherson, André, Natan, Diego, May, Sniper, Andressa e Eternal. Em uma sala quase totalmente vazia destinada a tokusatsus, se viram surpreendidos pela aparição súbita de seres que eles não conseguiam identificar.
Sombras, inimigos vindos de outro mundo apareceram.  
- Impressionante como basta a gente se reunir para acontecer alguma catástrofe – Bruce disse – Bem, antes isso do que uma treta no grupo do facebook.
- Pelo menos desta vez não fomos tragados para outra dimensão – Petherson disse.
- Se nós não vamos até outra dimensão, a outra dimensão vem até nós – Charles bufou, tendo que parar a degustação de uma coxinha com catupiry.
- Vocês são sombras? – Eternal perguntou.
- Na verdade, somos humanos normais usando capuzes e roupas tão escuras que parecem sombras. Mas não somos sombras
Aquela voz...
Clayton!

***

Junto a Clayton, Tejada, Luã, Vinícius, Mateus, e o recém-chegado Guilherme Labiapari.
- Temos ordens para matá-los – Clayton disse.
- Se nos matarem, irão para o inferno quando morrerem – Sava-kun disse.
- Mas já estamos mortos, e não estamos no inferno – Luã rebateu.
- Daqui a pouco vai tocar The Kira Justice – Clayton disse – Antes estivéssemos no inferno mesmo.
- Afinal, o que está acontecendo? – May e Andressa perguntaram quase ao mesmo tempo.
- Acho que eles não encontraram o descanso eterno porque morreram com muitos arrependimentos, então ganharam uma nova oportunidade até livrarem-se das frustrações que tiveram em vida – Charles disse – Tipo Angel Beats. Todo mundo aqui já assistiu, certo?
- Vamos lutar, então? – Tejada perguntou.
- É o jeito, né? – Bruce respondeu.
Todos os Hibo Riders vivos gritaram Henshin! Mas os Hibo Riders mortos... não tinham mais suas pedras mágicas para se transformarem.
- Como vamos matá-los se eles podem se transformar e nós não? – Luã perguntou.
- O jeito é torcer para que eles morram de morte natural – Mateus disse.
- Lembrando que só temos doze horas – Vinícius alertou.
- Então, temos que torcer para que eles morram em menos de doze horas – Tejada coçou o queixo – Algum de vocês tem alguma doença fatal?
- Bem, quando começar The Kira Justice, em menos de cinco minutos todos morrem de desgosto.
- Vocês não podem nos matar – Petherson disse.
- E nós também não podemos matar vocês – Diego disse – Pelo menos não de novo.
- A vovó costumava dizer que, se não pode matá-los, curta o evento com eles – era Tejada. E aí, qual a programação agora?
- Vai rolar sessão de fotos e autógrafos com o suit actor que interpretou o soldado inimigo que ficou à esquerda da tela aos 14:15 minutos do episódio 33 de Sun Vulcan – Jardel disse – Com certeza, é alguém que todo mundo sempre quis conhecer.

***

- Posso lhe dar uma nova vida. Uma vida temporária. De doze horas. Doze horas para você, contanto que você me obedeça.
- Você tem poder para isso? – Calebe, o Kamen Rider Chaos, perguntou.
- Tenho!
- Então não vou te obedecer. Vou te destruir e roubar este poder de você. Muito mais fácil.
- O que?
- É sério que ninguém pensou nisso?
- Você não pode se transformar em Chaos. Os mortos não mantiveram com eles suas pedras mágicas – disse o ser misterioso.
- Eu mantive sim. Hibohibo-sama me concedeu esta graça. Os outros não tiveram essa chance. Ela disse que fez isso por mim e não pelos outros... pelo simples fato de que eu pedi, e os outros não.
- Eu tenho apenas o poder de devolver a vida aos mortos. Mas não sou um guerreiro. Você irá me vencer, Chaos. Mas não pode me matar, pois já estou morto.
- Mas eu posso te torturar. Posso te espancar, te amarrar e te levar a um evento em que você será obrigado a ouvir The Kira Justice e assistir infinitas reprises de Kanpai Senshi After V.
- Não!
- Então entregue o poder que pode devolver a vida aos mortos.

***

Chaos voltou à vida, e fez o mesmo com os Hibo Riders mortos, inclusive alguns que não tinham aparecido recentemente.
- Por que o Izumi não voltou à vida? – Eternal perguntou.
- Porque não volta à vida alguém que nunca morreu em nossos corações – Bruce disse – Never Forget Izumi.
- Never Forget Jacaré Voador – os outros disseram.
- Never Forget essa briga sinistra entre o André e o Sniper – Jardel disse.
- Nenhum evento é um bom evento sem confusão e brigas sem sentido – Natan disse.
- Vamos comprar pipocas e ver os dois se matarem? – Sava-kun perguntou.
- Não, nada de pipocas – era Petherson – Comprem os meus suspiros.
- Daí, Luã? – Charles disse – Ressuscitaram, mas continuam sem suas pedras mágicas. Se foderam.
- Eu morri nos braços da Kaori. Você não.
- Pensei que sua Rider GIRL favorita fosse a Mitsuki.
- Não dá pra morrer nos braços de quem queremos – Luã balançou a cabeça.
- Seria mais épico se você estivesse nos braços da Mitsuki e disse pra ela: “Mi-cchan, no céu tem pedras mágicas?”. E morresse.
Tudo acabava bem e todos estavam muito felizes.

Seria uma pena se... uma treta idiota estivesse esperando por eles no facebook...