quarta-feira, 22 de julho de 2015

S02E01 - BRUCE ENLOUQUECIDO

EPISÓDIO 01 – BRUCE ENLOUQUECIDO

Algum lugar do Rio de Janeiro. Dois ostentadores, Eternal e Vinicius Iggy. Frente a frente, tendo que colocar de lado a amizade para resolver terríveis diferenças.  
- Nós perdemos nossos poderes por sua causa.
- Vou IGGYnorar sua acusação, Eternal.
- Tudo isso por causa das ostentações. Você ama tanto assim suas ostentações?
- Eu não amo. Mas o KoyAMA. 
Não havia diálogo. O mais poderoso dos Hibo Riders deu as costas ao amigo, torcendo para que os poderes dos heróis zueiros não fossem mais necessários. Mas não havia garantias. Vilões eram como guardas de trânsito: no momento em que se está mais desprevenido é que eles apareciam para complicar sua vida.
Enquanto isso, Charles tinha viajado a São Paulo. A informação de que Bruce tinha enlouquecido o preocupou, e por isso ele foi até a capital paulista... comprar mangás no bairro da Liberdade... Jardel e Clayton se reuniriam com ele depois daquilo. Tinham combinado de se encontrar em uma região abandonada para poderem conversar a sós sobre a situação dos Hibo Riders após terem perdido seus poderes. No entanto, o que deveria ser apenas uma conversa fácil estava se tornando um desafio. 
- Como assim “o Charles está de palhaçada”? – Clayton recém-chegado perguntou.
- Bem, ele... está fantasiado de palhaço, com calças largas e nariz vermelho. Veja. 
E Charles se aproximou, parecendo fazer um cosplay de Patati e Patatá. 
- Se você quer sorrir, é com a Kaoriiiiii... Se você quer brincaaaaar, é com a Naguraaaaa... Se você quer sorrir e brincar, Kaori Nagura! – ele cantava.
- O Charles parece ter enlouquecido. Igual o Bruce – era Jardel.
- Eu não sou mais o Charles. Agora, eu sou o palhaço Paçoquinha. O Bruce me contou que enlouqueceu, e eu disse a ele que ele enlouqueceu bem, mas não tão bem quanto se EU tivesse enlouquecido. Aí já viu, né?
- E o que você pretende fazer agora? – Clayton perguntou.
- O Bruce me autorizou a criar o U-Circo. Isso se ele já não tiver deletado todo mundo do grupo.
- Eu sempre achei que o Bruce tivesse enlouquecido por causa do boné – Jardel disse – Mas o Charles não usa boné. Qual será a explicação?
- Já disse que não sou mais Charles. Sou o palhaço Paçoquinha... A mão dos malabarismos chega a tremer.
- Desculpe, Paçoq... Digo, Charles! – e Clayton deu um soco violento no amigo, levando-o a nocaute.  
Clayton e Jardel levaram o aprendiz de Bozo até um local seguro. Uma espécie de quartel-general que os zueiros estavam montando. Lá dentro, Petherson, Natan, Diego, Allan e Nego do Bordel.
Aquele lugar tinha sido construído após eles terem decidido, pelo facebook, terem uma base de operações onde pudessem conversar de forma segura e sem a presença de estranhos. Ali, eles pensariam em como fazer os Hibo Riders voltarem a ser capazes de proteger a Terra.  
- Quartel-general? – Clayton gritou de susto – Mas, mas, mas... Isso aqui é um parquinho abandonado. E olhe lá, tem um cara fumando maconha em cima de uma balança. E dois cachorros cagando em cima do escorregador.
- Cagar em cima de um escorregador... – Petherson disse – Quem nunca?
- Enquanto houver 1% de escorregadores, haverá 99% de cagões – Allan disse e riu sozinho.
- O que vamos fazer com o Charles? – Jardel perguntou.
- Tirar uma foto com ele, é claro – o Nego do Bordel quase gritou de empolgação – Sou muito fã dele.
- Tava entrando no facebook aqui – era Diego... – O Bruce, ou o boné dele, sei lá, continua banindo pessoas inocentes do U-Rider... Agora ele baniu um hater/kabuteiro/purista/viúva só porque ele xingou a mãe de todos os membros do grupo e postou uma foto dele com uma arma de fogo e com uma lista com os endereços de todos do grupo provando que pode realmente assassinar um por um. Desde quando isso é motivo?
- Cara, enquanto houver 1% de banimento, haverá 37% de erros de cálculo de porcentagem – era Natan.
- Por que o grupo do U-Rider no facebook está emitindo um brilho estranho, e por que cada vez que eu vejo esse brilho tenho a impressão de ver uma pessoa ser banida de seu computador para de uma espécie de mundo digital dentro do qual o Bruce gargalha? – Petherson questionou.
- Você faz perguntas muito difíceis, jovem – era o Nego do Bordel.
- O Bruce está arrastando membros do grupo pro U-orld – o palhaço Paçoquinha dizia – Mas não tão bem quanto se eu arrastasse.
De repente, um brilho. E todos eles foram parar naquele mundo maluco.

***

Sniper acordou ligeiramente machucado. Estava em casa praguejando contra sua câmera que tinha se desconfigurado, quando um brilho misterioso o tragou para um mundo novo e maluco.
- A julgar pelas placas que dizem “este mundo chama-se U-orld”, vou presumir que este mundo chama-se U-orld.
Então apareceu um indivíduo estranho que parecia um Imagin saído de algum episódio do Kamen Rider Den-O. Caminhou em direção a Sniper, sorrindo e deixando um rastro de areia.
- Vai ter que se curvar diante de mim, Sniper!
- Cale a boca, traste! Nem sei que ou o que é você.
- Oh! Palavras duras. Quer dizer, Sniper, que sempre há coisas duras em sua boca?
- Principalmente, os seios da sua irmã.
- Você não pode se transformar. Logo, não pode me vencer.
- Venha logo pra porrada!
Então, outra voz.
- Não, ele lutará comigo.
- Quem é você? – o ser maligno perguntou.
- Para alguns, sou uma espécie de salvador. Para você, sou apenas o terror. Sou muito para alguns, pouco para outros, mas suficiente para mim mesmo. Sou Chaos. Kamen Rider Chaos.
E Chaos se transformou.
- Há algo que precisa saber, Sniper! Espere que eu destrua esse lixo para conversarmos.
- Por favor, seja breve. Quero voltar ao meu mundo pra encher a cara.
Chaos desapareceu. Quando reapareceu, já tinha rasgado o corpo do inimigo, que explodiu.
- Vamos conversar, Sniper! É necessário.

***

- Essas pragas estão infestando esse lugar aos milhares – Chaos explicava.
- Pela conversinha fiada de antes da luta, vou presumir que sejam só um bando de otários. E lembram muito os Imagins de Den-O. Parecia até o Momotaros.
- Correto. Eles são a nova ameaça. São os Momo-Otários.  
- Momo-Otários?
- Parece que isso que vocês chamam de “Clímax”... desapareceu.
Naquele momento, chegavam Natan, Diego, Allan, Petherson, Jardel, Clayton, Nego do Bordel e palhaço Paçoquinha.
- Eu ouvi o que eu acho que ouvi? – Jardel perguntou.
- Se é sobre minha intenção de voltar pra casa e encher a cara, é realmente isso mesmo – Sniper sorriu.

***

- Isso é algum tipo de plot twist mal planejado. O clímax nunca acaba. Isso é o bê-á-bá de qualquer freqüentador do U-Rider – Clayton disse.
- Momo-Otários... Será que são poderosos? – Natan perguntou.
- Estamos acostumados a enfrentar otários – Sniper disse – Não é como se isso fosse uma novidade.
- Mas nós não podemos mais nos transformar – Petherson ponderou.
- Eu posso... – era Chaos – Mas tenho minha própria jornada, vocês sabem. Vocês terão que lutar por si mesmos, seja lá como.
E Chaos foi embora.
- Talvez apareçam pequenos monstrinhos intitulados U-Mons para lutar ao nosso lado – Allan disse – Não há por que nos preocuparmos.
- Talvez aquele que esteja vindo ali seja o Bruce e seu boné maligno – Diego disse – Ele poderia nos explicar muita coisa.
- Olha! Que coincidência – o palhaço Paçoquinha gritou – Aquele lá realmente é o Bruce! Bru-bru-chan, chega aí!
Não havia mais clímax. Estavam em um mundo maluco chamado U-orld, não podiam se transformar. Tinham novos inimigos, os babacas Momo-Otários. O futuro dos Hibo Riders talvez dependesse daquela conversa com Bruce.
- Pra entrar no clima, vamos cantar Clímax Jump – Petherson propôs.
Ninguém riu. Ninguém cantou. Havia, definitivamente, algo errado.
E então, um imenso martelo surgiu nas mãos de Bruce.

PREPAREM SEU ÓDIO PARA O PRÓXIMO EPISÓDIO:

As loucuras de Bruce e Charles assustam os demais Hibo Riders. Mais zueiros aparecem, enquanto novos inimigos aparecem. Enquanto isso, um ostentador ligeiramente acima do peso ri nas sombras. Será verdade a revelação terrível sobre o destino de Hibohibo-sama? Não percam:


EPISÓDIO 02 – NADA NO CÉU! ONDE ESTÁ HIBOHIBO-SAMA?


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