EPISÓDIO 27 - O SEGREDO DAS CORES PRIMÁRIAS

EPISÓDIO 27 – O SEGREDO DAS CORES PRIMÁRIAS

PRIMARY COLORS の秘密

Tinham um mapa. Tudo indicava que após duas ou três horas de caminhada pela cidade escura e semidestruída, encontrariam um tipo de objeto mágico que os levaria para o presente. Nada fazia sentido, e já estavam todos acostumados com aquilo.

- Pessoal, eu vou voltar.

A frase de Bruce assustou a todos. Não apenas porque ninguém esperava que ele tomasse aquela decisão, mas, principalmente, porque estava escuro e ele disse aquilo de repente e bem alto.

- Não posso mais me transformar, então não serei útil a vocês – ele continuou – Mas sei que vocês, Fabio, Andressa e May, têm o poder suficiente para se defender se tiverem qualquer problema. Eu sou necessário no campo de batalha. Ou, DH jamais será vencido.

- Mas, Bruce, agora você não pode mais lutar, não pode? – Fabio inquiriu.

- Não vou lá lutar. Vou entregar a eles as últimas pedras. Vou contar para eles o último segredo da Hibohibo-sama que eles ainda não sabem.

- Bruce, pode ser perigoso você ir até lá sem poder se transformar – era Ramuss, que estava na mesma situação – E se você for atacado?

- Não é como se estando com vocês eu estivesse cem por cento seguro. Há risco em todos os cantos. Mas preciso fazer isso pelos meus amigos. Pelos nossos amigos.

Houve um sorriso coletivo. Todos eles entendiam o que Bruce queria dizer.

- May, você trocaria sua pedra mágica comigo? – ele perguntou – Em troca, te ofereço essa aqui que é bem mais poderosa. É que preciso exatamente da sua.

Ela não entendeu, mas acabou aceitando. Entregou sua Água-Marinha e recebeu em troca a fortíssima Opala.

- Água-Marinha... – ele disse – Não que exista algo como Fogo Marinho ou algo assim, mas, enfim...

- Você é louco, Bruce! – May brincou.

- Não. Sou só um zueiro de passagem. Lembrem-se disso.

E ele os deixou.

***

Os sete sangravam, as armaduras semidestruídas revelando ferimentos graves e hematomas. DH resistia, igualmente ferido, porém visivelmente em melhores condições de seguir batalhando. Parecia que venceria naquele ritmo.

Não que os Hibo Riders se importassem com aquilo.

- Você não vale a merda que caga! – Eternal disse – Temos a justiça do nosso lado. Lutamos pelas Kamen Rider GIRLS. Pela nossa amizade. Não vamos perder para alguém como você jamais.

André fez um esforço para se colocar de pé. Os sete estavam lado a lado, manquitolando, se esforçando para que seus corpos respondessem aos comandos. Natan chegou a cair, mas foi amparado por Sava-kun. Jardel cuspiu sangue. Allan estava zonzo. Diego não tinha mais firmeza na mão e suas armas caíram.

- Acho que tinha dito a vocês que não podiam me vencer. Não adianta me xingarem agora. Deviam ter aceitado a destruição deste mundo pacificamente.

- Cale a boca! – era Allan, com desprezo no tom de voz.

- Ainda há algo que pode ser feito – Eternal disse – Todo mundo aqui ainda consegue desferir um Rider Kick?

Ninguém respondeu, falar era difícil. Os olhares de determinação bastaram. A resposta era óbvia: a questão não era conseguir. A questão era querer. E todos queriam. Venceriam DH de qualquer jeito.

Todos os sete saltaram e desferiram um Rider Kick coletivo. Com o que restava de suas energias, avançaram, atingindo DH em cheio. O vilão foi arremessado longe e urrou, mas disparou contra os inimigos, ferindo gravemente os sete.

Os oito foram ao chão, todos muito próximos da inconsciência. Já havia mais sangue do que chão, Ninguém mais conseguiu se manter transformado. A escuridão infinita do eclipse dava um tom mórbido, uma impressão de que todos morreriam.

Naquele panorama desesperador, Bruce chegava. DH se levantou.

***

Chaos, Chevalier, Ayano, Ian, Otávio, Fernando e Gervasio. O guitarrista já estava de pé, mas não entendia absolutamente do que os demais falavam. Estava zonzo, optou por não falar, olhando apenas para aquela paisagem sem nenhum sentido. Estavam fora do espaço-tempo. Em todos os lugares, e em nenhum ao mesmo tempo. Aquilo não fazia sentido. Se tivesse passado por tudo que os Hibo Riders já tinham passado, saberia que nada fazia sentido.

- Pode, inclusive, ser perigoso sair de dentro do que restou do Hibo Liner – Ian disse.

- E se chamarmos o Hibohibo-kun e a Hibohibo-sama? – Gervasio sugeriu – Talvez eles atendam o nosso chamado e venham nos tirar daqui.

- Não custa tentar! – Otávio disse.

Gritaram por longos minutos e não houve resposta. Insistiram, e nada. Cansaram, e o silêncio imperou. Não havia o que fazer.

- Acharei uma saída – disse Chaos, e saiu.

Ao abandonar as dependências do que restava do Hibo Liner, sentiu uma pontada no peito e viu seus pés se transformando lentamente em areia. Correu de volta até onde estavam os outros, e seu corpo voltou ao normal.

Então, todos sentiram uma dor súbita e violenta no peito. E então entenderam que era uma questão de tempo para que desaparecessem.

***

- Nós adquirimos poderes impensáveis. Lutamos contra vilões terríveis. Fomos para outra dimensão, viajamos no tempo sem saber. Vimos a morte levar alguns amigos nossos. Ficamos frente a frente com uma deusa. Passamos por várias coisas, enfrentamos diversas situações. E mesmo tendo visto o poder em suas mais variadas formas, hoje temos certeza que o maior poder que existe em todo o universo chama-se AMOR. E é nosso amor pelas Kamen Rider GIRLS que vai derrotar você, DH.

As palavras de Bruce fizeram os demais se levantarem, ainda que com muito esforço.

- Eu preciso de cinco de vocês em condições de lutar – Bruce explicou.

Eternal, Diego, Allan e Jardel deram um passo à frente, com muita dificuldade. Natan, André e Sava-kun voltaram ao chão. Seus ferimentos eram profundos demais. Lutaram contra a própria fraqueza, mas perderam. Nenhum deles tinha condições de seguir lutando.

- Bruce, você pode ser o quinto guerreiro, não pode? – Diego perguntou.

- Não posso, não tenho condições de me transformar ainda – e apontou para o ferimento na região da cintura – Vai ter que ser um de vocês.

- O que exatamente nós iremos fazer? – Allan perguntou.

- Existem pedras de várias cores – Bruce começou a explicar – Pedras das cores amarela, vermelho e azul têm uma capacidade que as outras não têm. Elas podem, quando usadas em conjunto, despertar o poder que não foi desperto ainda. No nosso caso, é o poder do amor pelas Kamen Rider GIRLS. O poder mais básico, o poder do qual se originam todos os outros. Pedras dessas cores podem despertam esse poder porque são das cores primárias. Mas para que elas funcionem em conjunto, eu preciso de cinco. E vocês são apenas quatro.

- Cinco!

Aquela voz era bem conhecida...

- Nós somos cinco.

- Charlie... – Sava-kun sussurrou, mesmo caído.

- Os amores verdadeiros são como os jacarés voadores: estão por toda a parte, mas você só vai encontrá-los se acreditar neles. Graças às Kamen Rider GIRLS, os Hibo Riders estão amando como nunca e lutando como sempre. Eu serei o quinto guerreiro, Bruce. Explique o que precisamos fazer e vamos acabar com esta desgraça em forma vilão.

- Quando o Charles diz esse tipo de coisa, é porque a coisa ficou séria – Bruce sorriu.

PREPAREM SEU ÓDIO PARA O PRÓXIMO EPISÓDIO:

Chaos e os outros, fora do espaço-tempo, agonizam e estão prestes a morrer. Luã reaparece com o mapa, e parte com Fabio e os demais para o local indicado. Bruce coordena um novo ataque conjunto para acabar de vez com DH. Será o suficiente? Não percam:

EPISÓDIO 28 – ACREDITE EM MEU FLUSH! NÓS SOMOS OS HIBO RIDERS!