quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

S02E44 - ETERNAMENTE U-RIDER! ETERNAMENTE HIBO RIDER!

EPISÓDIO 44 – ETERNAMENTE U-RIDER! ETERNAMENTE HIBO RIDER!

- Bruce, tem algo que eu preciso dizer...
- Charles, você precisa guardar seus forças.
- Bruce, saia daí! – Eternal gritou – Você é o único que tem como tentar algum tipo de contato com a Hibohibo-sama. Tente falar com ela imediatamente. Não sabemos por quanto tempo o Charles irá resistir.
- Espera! – Charles encontrou forças para gritar – Preciso falar com o Bruce antes de qualquer coisa.
Houve um silêncio. Criou-se uma roda ao redor do corpo caído de Charles. Todos queriam ouvir.
- Bruce, existe um livro que relata os massacres gradativos que ocorriam contra os índios norte-americanos no começo do século passado. Relata tratados rompidos e muita crueldade contra os assim chamados “peles-vermelhas” e explica como eles foram praticamente extintos. Um trabalho histórico impecável. O livro chama-se “Enterrem meu coração na curva do rio”, uma óbvia referência ao amor dos índios por algum rio da região da qual foram expulsos.
- Legal, Charles – Bruce disse – Mas, e daí?
- Pessoal, o Charles está dizendo coisas sem sentido – May falou.
- Será que isso é sinal de que ele está melhor e está voltando ao normal? – Jardel perguntou.
- Bruce, vá logo tentar contato com a Hibohibo-sama! – Eternal gritou.
 Charles começou a cuspir mais e mais sangue. Naquele momento, o driver tinha desaparecido. Ele já tinha drenado todo aquele veneno maldito.

***

- Ryoma foi... muito esperto – Charles começou a dizer.
- O que? Como assim? – Diego perguntou.
- Charlie, melhor para de falar – Sniper disse – Você não tem mais forças. Espere a Hibohibo-sama chegar, e ela vai te curar. Até lá, fique quieto.
- O driver que o Ryoma entregou para o Chaos tinha um poder infinito. Mas, ao menos tempo, um veneno invencível. Sabem o que era aquilo? – Charles perguntou.
Silêncio absoluto.
- Aquele poder infinito vinha de toda a maldade do universo. Uma maldade, um sentimento destrutivo tão intenso, que chegava a ser invencível. Mas, ao mesmo tempo, algo que consome. Que envenena. Literalmente.
- Charles, você está dizendo que maldade é invencível? – Mateus perguntou – Esse não é o Charles que nós conhecemos e aprendemos a amar!
- O que fez o poder da maldade ficar invencível foi o bom uso dado a ele. Usar um poder maligno para o bem. Um tema recorrente na franquia Kamen Rider. Desde o começo, os Riders usaram o poder que vinha do mal, e direcionavam aquele poder para o bem. Por isso eram invencíveis.
- Por que desistiu da vida, Charlie? – Sniper perguntou, sério, semblante sisudo – Por que fez o que fez? Sei que estava preparado para morrer desde o começo, mas Chaos também estava. E Chaos escolheu aquele caminho. Você não tinha a obrigação de salvá-lo. Não ao custo de sua vida. Por que desistiu da vida, Charlie?
E em vez de responder, Charles começou a chorar.
Lágrimas de sangue.

***

Knuckle, Leangle, Tiger, Ouja, Beast, V3, Black e Tackle desferiram o golpe derradeiro contra Thoei.
O último dos Shin Overlords tinha tombado. Mas havia vítimas a serem resgatadas.
O número de desabamentos tinha sido grande. Pessoas parcialmente soterradas, gente ferida por explosões. Ruas danificadas não permitiam a chegada de ambulâncias, cabendo aos próprios Kamen Riders a missão de levar todos os feridos a hospitais. O perigo havia acabado, mas tinha deixado cicatrizes. Cicatrizes que eles curariam.
E assim, os Kamen Riders cuidaram de minimizar os danos da terrível batalha.
Pois os Hibo Riders tinham seus próprios problemas para resolver.

***

Chaos chorava como uma criança. Bruce não, mas sua dor era maior. Não sabiam onde estavam, mas Tóquio não era. Diante deles, Hibohibo-sama.
A conversa (ou melhor, o pedido de ajuda) tinha sido muito rápido, debaixo de lágrimas e desespero. A resposta também foi rápida.
- Por que, Hibihobo-sama? – Bruce perguntou, já saindo daquela dimensão e voltando para onde estavam os Hibo Riders – Por quê?
Não houve resposta.

***

A vida de Charles se esvaía visivelmente. Mas ele ainda tinha forças para falar.
- Existe um livro que relata os massacres gradativos que ocorriam contra os índios norte-americanos no começo do século passado. Relata tratados rompidos e muita crueldade contra os assim chamados “peles-vermelhas” e explica como eles foram praticamente extintos. Um trabalho histórico impecável. O livro chama-se “Enterrem meu coração na curva do rio”, uma óbvia referência ao amor dos índios por algum rio da região da qual foram expulsos.
- Não é hora para brincadeiras, Charlie! – Sniper ergueu a voz – Todos nós estamos sofrendo por você. Ao menos nos diga por quê.
- Eu não fui forte quando mais precisava... – Charles disse, chorando.
- Eu não entendo... – Sniper também começou a chorar.
- Eu entendo – e Jardel teve que esperar as lágrimas caírem para só então – Vocês não entendem? Não conseguem entender os sentimentos do Charles?
- E ele não consegue entender os nossos? – Sniper devolveu.
- O Charles sonhou como nenhum de nós sonhou. Nossos sonhos eram os mesmos. Mas enquanto nós sonhamos esses sonhos, ele RESPIROU esse sonhos. Quando nós descobrimos que não tínhamos conhecido as Kamen Rider GIRLS, todos nós sofremos, mas ninguém sofreu tanto quanto ele. Nós somos os fãs, mas ele é o Fanboy. Ele que animava a galera, que executava as melhores ideias. Embora o Bruce fosse o líder, era o Charles que nos motivava. Mesmo falhando, era ele que seguia lutando. E agora ele não tem mais forças.
- Nós poderíamos continuar lutando juntos, Charlie – Sniper baixou a cabeça e deixou as lágrimas caírem – Na verdade, ainda podemos. Você só precisa não desistir.
- Cadê elas, Sniper? – Charles gritou, mostrando uma força que ninguém pensou que ele ainda tivesse – Pelo que temos lutado nos últimos anos? De que adiantou? Elas vieram para o Brasil? Vão vir um dia? Estão se graduando uma a uma? Cadê elas, Sniper? De que adiantou toda a nossa luta?
- Charlie, não é bem assim...
- Estamos aqui, no Japão. Não há desculpas, desta vez não estamos a um oceano de distância! Cadê elas? Lutamos e sangramos por elas! Cadê elas, Sniper?
Charles chorou, e chorou sangue. Literalmente. E então, também chorando, chegaram Bruce e Chaos.

***

- Bruce, existe um livro que relata os massacres gradativos que ocorriam contra os índios norte-americanos no começo do século passado. Relata tratados rompidos e muita crueldade contra os assim chamados “peles-vermelhas” e explica como eles foram praticamente extintos. Um trabalho histórico impecável. O livro chama-se “Enterrem meu coração na curva do rio”, uma óbvia referência ao amor dos índios por algum rio da região da qual foram expulsos.
- Charles, você já disse isso.
Todos olhavam para Bruce se perguntando sobre onde estava Hibohibo-sama. O silêncio e as lágrimas dele eram a resposta. Ninguém sabia por que, mas ela não viria.
- Charles, se o que te fez mal foi a tal maldade, vamos reunir a bondade de todos os Hibo Riders e tentar te curar – Bruce disse – Mas você precisa ficar quieto.
Petherson chegou perto de Bruce e perguntou no ouvido dele se aquilo tinha alguma chance de funcionar. O choro cada vez maior do amigo era a resposta.
- Pessoal, existe um livro...
- Chega, Charles! – Jardel disse!
- Eu tenho que fazer uma pergunta ao Bruce – cada palavra o fazia cuspir sangue. Os olhos de Charles se fechavam – Eu preciso perguntar isso ao Bruce.
- Pergunte, Charles! – Bruce falou.
- Bruce, no céu tem Kaori?
E morreu.

PREPAREM SEU EMOCIONAL PARA O EPISÓDIO FINAL:

Lembranças! Lágrimas! Sonhos! A vida é um ciclo em que tudo isso se repete. O que resta nos corações após isso? Não percam:


EPISÓDIO 45 (FINAL) – ENTERREM MEU CORAÇÃO NA PEDREIRA DA TOEI!

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