第4話 – えええ?宇宙へ行かなきゃ?
EPISÓDIO 4 – HÃ? TEREMOS QUE IR PRO ESPAÇO?
Olhos verdes, óculos tortos, barriga proeminente,
cara de louco. Não havia dúvidas.
- As andorinhas voltaram...
Era o Hibo Rider mais querido.
- ... e eu também voltei.
- Caralho, é o Charles! – Otávio disse.
- Ora, temos um Sherlock Holmes aqui. Vou ajudar seu
raciocínio: Hibohibo-kun disse que vocês não podiam me ressuscitar... porque eu
já tinha ressuscitado.
Todos abraçaram Charles, não necessariamente ao
mesmo tempo. Parecia até que tinham esquecido a rivalidade. E tinham mesmo.
- Por que estávamos brigando mesmo? – Gervásio
perguntou.
- Sei lá, alguém falou mal de Den-O, o Bruce ficou
bravo – Jardel coçou o queixo, meio em dúvida – Foi isso, não foi? Ou alguém
falou mal de Kiva, e eu fiquei bravo?
- Não justifica, né amiguinhos – Charles falou – Meu
favorito é o Wizard, todo mundo fala mal, e eu não me importo. Ok, mentira:
fico me remoendo de ódio em casa em silêncio. Mas que seja. Pra que brigar?
Hibohibo-kun deu um passo à frente.
- O motivo do conflito é a recusa de alguns
insolentes em obedecer minha irmã. Aqueles que obedeceram receberam ordens de
atacar os rebeldes.
- Por que não quiseram obedecer, amiguinhos? –
Charles perguntou, lembrando do quanto sua conta bancária estava mais gorda
após negociar com Hibohibo-sama.
- O contrato tinha um conteúdo opressor e nos
obrigaria a compactuar com um regime de trabalho revoltante e que viola as leis
trabalhistas.
- Porra, Tejada – Charles respondeu – Que tipo de
advogado é você que tem receio em assinar um contrato sabendo que depois
encontrará brechas na lei para questioná-lo? Cadê aquele Tejada profundo
conhecedor do código civil, aquele Tejada sabedor das nuances jurídicas e das
jurisprudências ligadas ao tema?
- É, Tejada! – Sniper gritou – Cadê?
- Deixando claro que eu estava neutro nesta questão
– Eternal disse – Não quero desobedecer a Hibohibo-sama, mas também não quero
fazer algo que nem sei o que é assinando algo às escuras.
- Porra, Eternal! – Charles disse – Cadê aquele DJ confiante
cuja voz cheia de convicção motivava as pessoas? Cadê aquele Eternal que
motivava a todos com as certezas inabaláveis que habitavam seu coração?
- É, Eternal! – Molduras gritou – Cadê?
A gritaria continuou, e a chuva não parava. Até que,
em meio a tanta zueira e argumentos estranhos, todos decidiram assinar os
contratos. Hibohibo-kun sorriu enquanto entregava a montoeira de papéis. Em
poucos minutos, todo mundo já era oficialmente subalterno da Hibohibo-sama.
- Criançada, obrigado! – Charles disse – Se vocês
soubessem como é alta a comissão que eu recebo por cada um de vocês que assinou
o contrato... Enfim, queria explicar para vocês sobre as ameaças que enfrentaremos.
- Ótimo, Charles! – Natan disse – Conta aí!
- Mas antes, nosso intervalo comercial.
***
- Dois impérios espaciais. Em guerra. Para um chegar
à galáxia do outro, precisam usar portais interdimensionais que passam próximos
ao nosso sol. Os caras vêm da galáxia deles pelo portal, chegam ao nosso sol, e
acionam outro portal para ir à galáxia inimiga. Só que essa putaria faz mal ao
nosso sol.
- O que acontece se nosso sol tiver problemas? –
Gervásio perguntou.
- Enfim, se isso não parar, o sistema solar inteiro
vai pro beleléu, chega lá o que isso signifique.
- A ideia é bem simples – Hibohibo-kun – Dividimos
vocês em grupos: um grupo vai para um império. Outro grupo vai para o outro
império. E um terceiro grupo fica aqui na Terra para protegê-la se houver
alguma problema.
- Eu proponho que o Sniper vá até o império número
um. Ninguém vai até o segundo império. E todos os outros ficam aqui curtindo o
Japão – Diego disse – O Sniper é forte, derrota um império sozinho, daí o outro
império não terá motivo para ficar prejudicando nosso sol, e os outros curtem
Akihabara.
- Cale-se! – Sniper disse – Minha pergunta é: isso
me parece uma missão diplomática, certo? Temos que convencer na boa que eles
parem a guerra, ou que se transportem por outro caminho. Não envolve confronto
em um primeiro momento, se entendi bem.
- Vamos precisar escolher bem os grupos – Clayton
disse – Dividir corretamente o pessoal.
- Continuando... – era Sniper – Eu não tenho perfil
de quem resolve as coisas na diplomacia. Eu mando tomar no cu, e desço a
porrada de uma vez. É melhor eu ficar na Terra.
- Pelo contrário – Charles sorriu – Você é o mais
necessário de todos, Sniper.
- Como assim?
- Estamos falando de ir visitar impérios espaciais
em guerra. Gente agressiva, belicosa. Vamos chegar lá e tentar ser diplomáticos
por uma questão de boas maneiras, mas a chance de sensibilizarmos os líderes
deles é mínima. É 99% de certeza que eles não atenderão a nosso apelo, e
teremos que ir pra porrada com os caras. É por isso que você é necessário,
Sniper!
- Basta fazermos o seguinte – May disse – Mandamos o
grupo com os Hibo Riders mais fortes para o império mais forte, os segundos
mais fortes para o segundo império, e os outros ficam aqui na Terra.
- Seria legal sabermos os nomes dos impérios para
nos referimos a eles direito – Jardel disse.
- Acho que vocês não entenderam a gravidade da
situação – Nudes disse.
E, pela primeira vez, a seriedade do assunto deixou
todos um tanto assustados.
***
- Pessoal, nós vamos lutar contra impérios
espaciais! Nosso planetinha tem seis bilhões de pessoas. Imagine um império
espacial! Quantos trilhões de guerreiros eles devem ter. Nós não somos nem
vinte. Os caras devem ter armas, naves, tecnologia. Nós não temos porra
nenhuma. Como vamos enfrentar inimigos desse porte?
- Não é como se já não tivéssemos enfrentando
inimigos mais poderosos antes e não tivéssemos vencido – Bruce disse – Mas
concordo que será difícil só com o poder que temos. Hibohibo-sama, agora que
todos assinamos o contrato, o que pode fazer para aumentar nossos poderes?
- Vocês receberão belts e armaduras com uma
capacidade única – a deusa disse – A capacidade de aumentar seu nível de poder
ao entrar em contato com o sangue de inimigos mortos.
- Então, basta irmos vencendo os inimigos e nossos
poderes aumentarão, igual os Saiya-jins! – Natan quase pulou de felicidade.
- Seria uma pena se o primeiro império fossem
máquinas (sem sangue), e o segundo império fossem seres mortos-vivos, também
sem sangue – Hibohibo-kun estragou a brincadeira.
- De qualquer forma, vocês aumentarão aos poucos
seus poderes – Hibohibo-sama disse – É por isso que eu precisava que todos
vocês se unissem. Só com todo o poder dos Hibo Riders a Terra tem alguma
chance.
Hibohibo-sama parecia ligeiramente preocupada. Ela
era a deusa suprema da Terra. Mas não de todo o espaço. E se houvesse deusas ou
deuses malignos nos impérios espaciais? Os Hibo Riders conseguiriam vencer?
E, de repente, reforços chegaram.
Mais Hibo Riders!
Transante, Vinícius Iggy, Allan e Mateus Paiva
chegaram. Na verdade, já estavam ali há horas, só ninguém tinha notado.
Pelo menos, tinham ouvido tudo e não era mais
necessário contar tudo de novo.
Os grupos foram divididos. Hibohibo-sama fez a
separação através de um complexo processo de escolha que consistia em mandar
todos jogarem pedra-papel-e tesoura. Dependendo do que cada um colocava, seu
rumo era determinado.
A deusa se pronunciou:
- Para o império das máquinas, irão: Charles,
Clayton, Eternal, Iggy, Otávio e May. Os mais diplomáticos irão falar com as
formas de vida artificiais que talvez possam ser convencidas através de uma
forte argumentação.
Continuou:
- Para o império dos zumbis espaciais, irão: Bruce,
Sniper, Transante, Mateus Paiva, Nudes e Natan. Os mais porradeiros irão bater
de frente com o império com o qual não dá pra conversar.
E por fim:
- Ficarão protegendo a Terra: Jardel, Allan,
Gervásio, Molduras, Tejada e Diego. Não é como se eu estivesse dizendo que vocês
são inúteis. Mas também não é como se o fato de eu não estar dizendo signifique
que vocês não sejam.
E a viagem começaria.
PREPAREM SEU ÓDIO PARA O PRÓXIMO EPISÓDIO:
Começam as viagens. A situação do sol se agrava, e
só há cinco dias de tempo para que as viagens interplanetárias parem. Será que
os Hibo Riders aguentaram o tranco? Não percam:
EPISÓDIO 5 – CONTAGEM REGRESSIVA! CONSEGUIREMOS
SALVAR A TERRA A TEMPO?
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